Carta viva

Robert Raikes, o fundador das escolas dominicais, um dia foi visitar uma família em que havia uma menina de temperamento muito difícil, que entristecia a mãe com a sua obstinação e terrível mau humor. O Sr. Raikes disse à menina que o seu primeiro passo deveria ser, ajoelhar-se diante da mãe e suplicar-lhe o seu perdão. Ela resistiu a todas as recomendações. Então o mestre se dispôs a humilhar-se e a pedir perdão pela menina, ajoelhando-se diante da mãe. Vendo o homem de joelhos em favor dela, a menina comoveu-se muito e pediu que a mãe lhe concedesse o seu perdão. À partir dali a menina se transformou em uma criança querida e obediente.

Cada ser humano exerce algum tipo de influência, para o bem ou para o mal. Nenhum ambiente é tão insensível que as nossas palavras e as nossas ações não produzam algum efeito em alguns ou em muitos indivíduos. Se nós amamos de fato ao Senhor Jesus, que nos amou primeiro e que se entregou a si mesmo à morte por nós, seremos valiosos exemplos aos que nos rodeiam. Na Segunda Carta aos Coríntios 3.2, lemos: “Vocês são carta conhecida e lida por todos”. Paulo sempre estava lembrado e a todos instruía que o cristão deve ser um bom exemplo para os outros. Ele próprio procurou viver de tal forma. E o sucesso deste homem de Deus se comprova ainda hoje, no fato de que os verdadeiros pregadores e ministros de Deus procuram seguir os seus passos e enfatizam a doutrina central da fé cristã, ou seja: que o homem alcança a vida eterna apenas mediante a fé em Jesus Cristo, que é o único Salvador.


 O apóstolo não era movido por egoísmo ou falso orgulho quando desejava ser um modelo para os outros, pois ele mesmo fez questão de acentuá-lo, que Cristo vivia nele e lhe dava forças para assim viver e agir. Também nós atrairemos outros a Cristo e à fé pelo nosso exemplo, se soubermos ser humildes e se reconhecermos que Cristo é princípio e fim em todos os seus seguidores. Nem todos são chamados para serem pregadores, mas cada cristão é instruído a ser uma CARTA VIVA!


- Pastor Alaor

Publicado originalmente no boletim informativo da CELC/SP - nº345