Todavia, Deus providenciou um brado reformador nas primeiras décadas do século 15, surgido no próprio seio da Igreja Romana. Por muito tempo, este sacerdote e doutor em teologia, viveu terríveis conflitos de consciência, não conseguindo sentir-se em paz com o Deus vingador, conforme a Igreja o apresentava.
Então, aprofundou-se no estudo bíblico e acabou descobrindo na Escritura Sagrada algo bem contrário do que a Igreja Romana praticava: Deus, na verdade, é um Deus de amor e não um tirano vingador. Portanto, para ser perdoado e salvo bastava crer e confiar em Jesus Cristo, como Salvador. “O justo viverá por fé.” Rm. 5.17.
Com esta verdade no coração e na mente, Martinho LUTERO defrontou-se com o sistema mercantilista inventado e implantado pela Igreja. Em 31 de outubro de 1517 ele afixou na porta da Igreja de Wittemberg as 95 Teses, nas quais combatia o rendoso comércio das indulgências e testemunhava da salvação unicamente pela fé em Jesus Cristo.
A excomunhão de Lutero da Igreja Romana e a recusa desta em voltar às verdades doutrinárias da Bíblia Sagrada, acabaram determinando o surgimento da então chamada: igreja protestante; que culminou na hoje chamada Igreja Luterana e outras igrejas reformadas.
A influência de Martinho Lutero na história da humanidade foi marcante não só na religião como também na literatura, na hinologia, na música, na política e na educação.
No Brasil, o número de luteranos gira em torno de um milhão e duzentos mil, representados pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e pela Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), a qual a nossa Congregação Evangélica Luterana Concórdia/SP está filiada.
A Deus demos glória, agora e sempre!
- Pastor Alaor
Publicado originalmente no boletim informativo da CELC/SP - nº315