Quando o maior milagre de toda a história aconteceu, os soldados que montavam guarda do lado de fora do túmulo de Jesus, tremeram e fugiram, indo encontrar-se com seus chefes para relatar o que haviam visto com seus próprios olhos. Depois, embora tendo sido testemunhas oculares do fato, fascinados por uma boa quantia de dinheiro, mudaram seu relatório.
No domingo bem cedo, as mulheres dirigiram-se ao túmulo de Jesus, levando perfumes para perfumar o corpo de seu Mestre. Lá chegando, um anjo lhes dá a notícia da ressurreição: “Ele não está aqui”, Mt.28.6. Elas correm amedrontadas, mas alegres, para contar a novidade aos discípulos.
Pedro e João, avisados pelas mulheres, correm até o túmulo e além de verem que no interior do mesmo só estavam a faixa e os lençóis, também constatam: “Ele não está aqui” e voltam para casa.
Como tudo na vida de Jesus, sua ressurreição atrai reações contrastantes. Quem crê é transformado e sua vida se enriquece de esperança, amor e coragem para testemunhar da Verdade que liberta. Quem opta por não crer procura desculpas e acaba encontrando maneiras mesquinhas de ignorar evidências comprovadas pelos próprios olhos.
Qual é a nossa reação diante da ressurreição de Jesus? Talvez uma breve reflexão apenas, porque já conhecemos os fatos da história e sabemos que após a Sexta-Feira Santa vem o Domingo da Páscoa – a festa da vitoriosa ressurreição. E quem sabe até, por causa disso, não desfrutamos esta consoladora mensagem com todo o poder e paz que lhe são inerentes.
Cuidado! Não deixemos que a Páscoa se torne apenas um cântico de glórias e aleluias, num dia determinado. Mas que sua mensagem transforme realmente nosso coração e que, a partir dela, vivamos com alegria esta novidade de vida, ajudando sempre mais pessoas a participarem e partilharem esta realidade.
Atentemos para a sábia e inspirada advertência do apóstolo Paulo: “Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo.” 1 Co. 15.19.
- Pastor Alaor
Publicado originalmente no boletim informativo da CELC/SP - nº375