O Rochedo de Gibraltar

O Rochedo de Gibraltar representado num cartão postal de cerca de 1810.
O Rochedo de Gibraltar representado num cartão postal de cerca de 1810.

Gibraltar é um território autônomo do Reino Unido, localizado ao Sul da Espanha. É na terra de Gibraltar que fica uma montanha estrategicamente localizada na entrada do Mar Mediterrâneo. Por meio dela é possível proteger o estreito que une a África à Europa e que divide o Atlântico do Mediterrâneo. Sua geografia privilegiada já foi cobiçada por inúmeros conquistadores e agora atrai visitantes de todo o mundo. E o Rochedo de Gibraltar é a principal atração turística do território ultramarino inglês. Tem 427 metros de altura e é conhecido como Coluna de Hércules.

Já tinha admirado gravuras deste imenso rochedo, mas na segunda metade dos anos 70, junto com a família, pude admirá-lo com meus próprios olhos. E então pude ver pessoalmente o que este rochedo tem e porque Gibraltar significa para muitas pessoas, segurança, solidez e imutabilidade.

O ser humano passa a vida toda em busca de solidez, de algo em que possa depositar a sua absoluta confiança. E isso se torna bem evidente no que diz respeito aos problemas financeiros. Inclusive, em tempos de crise econômica como a atual que o País atravessa, observa-se quão mais preocupados os investidores ficam, para aplicarem o seu dinheiro de modo seguro e com o máximo de lucro. Desejam segurança, solidez e imutabilidade. Gibraltar!

Mas em meus pensamentos agora me ocorre outro nome: Deus! Deus também está associado à solidez, imutabilidade, segurança. Pode-se confiar inteiramente nos investimentos feitos em seu nome; investimentos cujos dividendos serão espantosamente grandes. E tais investimentos envolvem DINHEIRO e mais do que isto: VIDA e SERVIÇO. DINHEIRO para sustentar o trabalho mais sublime de todos nessa terra – Levar Cristo Para Todos! SERVIÇO para que o dinheiro possa ser utilizado corretamente na propagação do Evangelho de Jesus ao mundo. VIDAS dedicadas e consagradas àquele alvo que se torna uma paixão ardente.

Deus precisa de homens, mulheres, jovens e crianças prontos a cooperar e dispostos a ofertar para o sustento de Sua Igreja e contribuir para a expansão do Seu Reino da Graça. A oferta a Deus é um privilégio e uma nobre maneira de se mostrar amor Àquele que nos amou primeiro e tornou possível a nossa redenção.

Muitos questionam achando que Deus não tem importância na nossa vida e que a Igreja não faz mais sentido. Os que desprezam Deus são tolos e insensatos. E a Igreja nunca deixará de fazer sentido, pois se tal fosse o caso, o próprio Cristo não a teria instituído e dela se tornado a “Pedra angular”. Mas será que os que assim questionam contribuem com a sua quota para que a igreja seja de fato pertinente? Apoiam-na com dinheiro e trabalho para que ela seja divulgada e cresça no mundo? Tal como um lar ou um negócio, a igreja também precisa dispor de recursos financeiros. Há despesas diversas a ser supridas, sem as quais ela não pode exercer a sua função.

E a Igreja necessita e conta com as contribuições e ofertas dos seus congregados para manter-se. Quando os membros da igreja não respondem à chamada de Deus à mordomia fiel e responsável, a igreja fica incapacitada para desempenhar o seu papel na sociedade e no mundo. Cada membro deve sentir uma responsabilidade pessoal no que diz respeito ao tempo, talento e dinheiro. Somente assim a igreja continuará alcançando as almas perdidas e oferecendo-lhes vida e salvação através de Jesus Cristo. E os resultados da mordomia fiel não passarão com o tempo, mas serão eternos.

Os investimentos em ações, fundos, etc., que aplicadores consideram sólidos, às vezes causam enormes desapontamentos e na melhor das hipóteses servem somente para esta vida e são, portanto, de caráter temporário. Mas os serviços prestados a Deus e os investimentos feitos em Seu Nome, durarão mais de milhões de Gibraltares e seu lucro permanecerá através da eternidade.

Pense, reflita e converse com Deus em oração sobre isso. E aja com responsabilidade!

 - Pastor Alaor Güths dos Santos

Publicado originalmente no boletim "Notícia e Informações da Igreja Luterana de Moema" nº13 em setembro de 2018.