Onde está Deus no meu sofrimento?

Descrição: "Cuando yo tenía mucha hambre y me mataron." -  Óleo sobre lienzo, 108 × 78 cm. Madrid, Museo del Prado.  Data: h. 1602. Origem: http://www.museodelprado.es/imagen/alta_resolucion/P00822.jpg - Autor: El Greco (1541–1614).

A razão humana é muito pequena diante do poder e da sabedoria divina.  Por isso, em meio ao sofrimento, é-nos difícil compreender o que o apóstolo Paulo afirma na sua Carta aos Romanos:  “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm.8.28).  E nessa ignorância, há muitos que até culpam a Deus por causa das suas aflições e, presunçosamente, perguntam:  Onde está Deus no meu sofrimento?  Ele se esqueceu de mim e me abandonou?

O problema do sofrimento humano é tão antigo como a própria humanidade e, através dos séculos, sempre constituiu motivo de grande perplexidade, tendo desorientado tanto os cristãos como os incrédulos.

Na verdade, Deus nunca prometeu isentar-nos do sofrimento.  Quando estudamos a sua Palavra, descobrimos que muitos dos seus servos passaram literalmente “pelo vale da sombra da morte” (Sl.23.4). Alguns experimentaram mortes violentas, como foi o caso de Estêvão (At.7.54-60).  Outros, como Jó, suportaram sofrimentos que vão além da compreensão humana.  Não poucos passaram por perseguições quando eram justos e honestos, tal qual o profeta Elias.  E assim vemos que os problemas e sofrimentos não são desconhecidos aos olhos de Deus e que até os seus filhos mais dedicados passam por eles.

O que podemos aprender, é que o Senhor Deus aproveita as tragédias da vida para manifestar o seu grande amor, demonstrar o seu cuidado e, assim cumprir os seus inescrutáveis propósitos. A trágica morte de Estêvão avivou o evangelismo na igreja primitiva.  Os tremendos sofrimentos de Jó falam-nos das recompensas e da bondosa mão de Deus sobre os que nele confiam.  As provações de Elias mostram-nos segurança, sabendo que os que fazem a vontade do Senhor subirão à sua presença em carros de fogo (cf. 2 Rs.2.11).

Como nós temos agido diante dos sofrimentos?  O rei e salmista Davi nos ensina a orar, dizendo: “Ó Senhor Deus, não me abandones! Não te afastes de mim, meu Deus!  Ajuda-me agora, ó Senhor, meu Salvador!” (Sl.38.21,22).

Reconheçamos que o pecado é a origem do mal!  Por conseguinte, peçamos perdão a Deus e nos reconciliemos com ele, confiando em Cristo como Salvador!  E, uma vez reconciliados com Deus, veremos que apesar das desgraças da vida, com Cristo poderemos caminhar seguros e em paz!

     - Pastor Alaor

Publicado originalmente no boletim informativo da CELC/SP - nº360