Caminho seguro

O Natal está chegando. Que tal começar a amolecer o coração ouvindo Bach, um dos mais notórios luteranos da história?


Ao assistir um filme mais antigo sobre a Segunda Grande Guerra, as cenas de maior suspense eram justamente quando os combatentes precisaram atravessar campos minados.  Um caminho que a princípio parecia tranquilo, repentinamente se tornava um verdadeiro pesadelo, transformando-se em chamas e destruição.  Cada passo em frente poderia se tornar o derradeiro.
 
Sabe-se que hoje instrumentos sofisticados precedem o avanço da tropa e fazem uma varredura previa, fazendo explodir as minas dissimuladas, evitando assim a perda de vidas.  Porém, mesmo com o avanço da tecnologia o soldado não fica totalmente tranquilo, pois sabe que o seu inimigo fará de tudo para neutralizar qualquer defesa.  A desconfiança gera o medo.  Essa arma invisível desgasta psicologicamente o seu avançar.

Na Bíblia, em Provérbios de Salomão, há uma promessa que poderá animar qualquer pessoa que no dia a dia da vida caminha por terrenos, por assim dizer, minados:  “Você caminhará seguro e não tropeçará.”

A vida atual tem-se caracterizado por receios e extrema cautela.  Tem-se a sensação que não há lugar seguro.  Todos os espaços parecem “minados”.  Nossos instintos acionam proteção, mas na sua maior parte imaginários.  Surge daí aquela tensão, levando muitos a sofrer antecipadamente e a desequilibrarem-se numa ansiedade neurótica.

Alguém já disse que, “Provérbios 3.23 promete tornar-se, não um luxo, mas uma necessidade básica.”  Na edição revista e atualizada lê-se assim:  “Andarás seguro no teu caminho, e não tropeçará o teu pé.”  Para quem será essa promessa?  Lembremo-nos de que Deus não tem favoritos.  A condição necessária para livrar-se da ansiedade e sentir-se confiante e seguro está dito nos versos 5 e 6 do mesmo capítulo de Provérbios:  “Confie no Senhor de todo o coração e não se apoie na sua própria inteligência.  Lembre de Deus em tudo o que fizer, e ele mostrará o caminho certo.”


- Pastor Alaor

Publicado originalmente no boletim informativo da CELC/SP - nº349